para o dr. artur sá da costa, pelo quanto a cultura nos uniu numa amizade fraterna de actividades fantásticas, durante mais de vinte anos, ainda trabalhava na biblioteca da fundação cupertino de miranda, o meu abraço fraternal de amizade eterna
A CULTURA NO OPINIÃO PÚBLICA
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Antes de mais nada, tive sempre o grato prazer de colaborar com voluntarismo no jornal “Opinião Pública” desde o seu primeiro momento, particularmente desde o seu número zero. Sá da Costa incentivava-me e o Luís Paulo Rodrigues lá ficava preocupado com os meus textos dactilografados há máquina de escrever por causa da paginação do jornal; mas acabava sempre por dar aquele seu toque de saber jornalístico único e já reconhecido.
Se a cultura hoje pode ser considerada como o conjunto de traços distintivos espirituais e materiais, intelectuais e afectivos que caracterizam uma sociedade ou uma comunidade, podemos dizer que a cultura abarca, além das artes e das letras, os modos de vida e os direitos fundamentais do ser humano, os sistemas de valor, as tradições e as crenças, o jornal “Opinião Pública” cumpriu e tem cumprido a sua tarefa ao longo dos seus vinte anos de existência. Tem divulgado não só os escritores famalicenses, como igualmente os nacionais e os internacionais, abriu as suas páginas a escritores e a pensadores do Vale do Ave e das cidades circunvizinhas (por exemplo, Artur Coimbra, de Fafe, que escreveu sobre política e cultura, Santos Simões, de Guimarães, Pedro Leitão, de Braga, ou Manuel Lopes, da Póvoa de Varzim), as actividades culturais do Vale do Ave e de outras localidades alem fronteiras, algumas em parceria com o município famalicense, não esquecendo igualmente as tradições populares de Famalicão e do seu concelho (evidentemente e, sempre em foco, o nosso Santo António, com os trabalhos de investigação de Artur Sá da Costa, provando que as Festas Antoninas são já centenárias). Deu amplo destaque ao Ciclo Pensar os Pensadores (Alberto Sampaio e Antero de Quental), uma actividade organizada em parceria entre o município famalicense e a Sociedade Martins Sarmento, realizado em 1991, deu amplo destaque às homenagens nacionais de nascimento ao republicano famalicense Nuno Simões (1994), ou o mesmo acontecendo com a ampla referência à exposição “Uma Aproximação aos Autores Famalicenses”, assim como à respectiva “Antologia” (1998). Não esqueceu o património, as associações, existem polémicas culturais (do papel da cultura na política) e literárias e uma faceta marcou o jornal na sua fase inicial: amplas entrevistas aos escritores (como igualmente a artistas plásticos) que então passavam por Vila Nova de Famalicão. É o caso de Mário de Carvalho, Maria Velho da Costa ou Maria Isabel Barreno, os primeiros escritores que ganharam o Prémio do Conto Camilo Castelo Branco. O jornal publicaria, então, as duas intervenções (relativamente a Mário de Carvalho e a Maria Isabel Barreno) de Manuel Simões. José Manuel Mendes, Eduarda Dionísio ou o nosso cineasta Manuel de Oliveira também se encontram no “Opinião Pública”; e, em 1999, a vinda de José Saramago a Vila Nova de Famalicão mereceu outro destaque ímpar, não só no jornal, como na própria revista, a qual apareceu a 30 de Novembro de 1995 e com o mesmo nome do jornal (o “Opinião Pública” reapareceu novamente como jornal semanal em 18 de Outubro de 1996, integrando a revista, que já não existe). [Gostava aqui de salientar o Centenário do Falecimento de Ana Plácido comemorado em Famalicão, em grande foco no jornal, o qual seria ainda elaborado por Manuel Simões, mas com Pinto de Castro nos trabalhos. Realço igualmente o suplemento que o jornal dedicou à inauguração da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em 1992...].A internacionalização é em 1993 com a vinda de Jorge Amado a Braga. Com o andar do tempo, a cultura manifesta-se, nas páginas do jornal, simplesmente nas simples notícias das actividades culturais das instituições públicas e privadas, reservando, a partir de determinada altura, a penúltima página para o efeito. E hoje, como não poderia deixar de ser, o jornal digital, a FAMA TV, assim como a Digital FM, acompanham a história do presente para o futuro.
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Antes de mais nada, tive sempre o grato prazer de colaborar com voluntarismo no jornal “Opinião Pública” desde o seu primeiro momento, particularmente desde o seu número zero. Sá da Costa incentivava-me e o Luís Paulo Rodrigues lá ficava preocupado com os meus textos dactilografados há máquina de escrever por causa da paginação do jornal; mas acabava sempre por dar aquele seu toque de saber jornalístico único e já reconhecido.
Se a cultura hoje pode ser considerada como o conjunto de traços distintivos espirituais e materiais, intelectuais e afectivos que caracterizam uma sociedade ou uma comunidade, podemos dizer que a cultura abarca, além das artes e das letras, os modos de vida e os direitos fundamentais do ser humano, os sistemas de valor, as tradições e as crenças, o jornal “Opinião Pública” cumpriu e tem cumprido a sua tarefa ao longo dos seus vinte anos de existência. Tem divulgado não só os escritores famalicenses, como igualmente os nacionais e os internacionais, abriu as suas páginas a escritores e a pensadores do Vale do Ave e das cidades circunvizinhas (por exemplo, Artur Coimbra, de Fafe, que escreveu sobre política e cultura, Santos Simões, de Guimarães, Pedro Leitão, de Braga, ou Manuel Lopes, da Póvoa de Varzim), as actividades culturais do Vale do Ave e de outras localidades alem fronteiras, algumas em parceria com o município famalicense, não esquecendo igualmente as tradições populares de Famalicão e do seu concelho (evidentemente e, sempre em foco, o nosso Santo António, com os trabalhos de investigação de Artur Sá da Costa, provando que as Festas Antoninas são já centenárias). Deu amplo destaque ao Ciclo Pensar os Pensadores (Alberto Sampaio e Antero de Quental), uma actividade organizada em parceria entre o município famalicense e a Sociedade Martins Sarmento, realizado em 1991, deu amplo destaque às homenagens nacionais de nascimento ao republicano famalicense Nuno Simões (1994), ou o mesmo acontecendo com a ampla referência à exposição “Uma Aproximação aos Autores Famalicenses”, assim como à respectiva “Antologia” (1998). Não esqueceu o património, as associações, existem polémicas culturais (do papel da cultura na política) e literárias e uma faceta marcou o jornal na sua fase inicial: amplas entrevistas aos escritores (como igualmente a artistas plásticos) que então passavam por Vila Nova de Famalicão. É o caso de Mário de Carvalho, Maria Velho da Costa ou Maria Isabel Barreno, os primeiros escritores que ganharam o Prémio do Conto Camilo Castelo Branco. O jornal publicaria, então, as duas intervenções (relativamente a Mário de Carvalho e a Maria Isabel Barreno) de Manuel Simões. José Manuel Mendes, Eduarda Dionísio ou o nosso cineasta Manuel de Oliveira também se encontram no “Opinião Pública”; e, em 1999, a vinda de José Saramago a Vila Nova de Famalicão mereceu outro destaque ímpar, não só no jornal, como na própria revista, a qual apareceu a 30 de Novembro de 1995 e com o mesmo nome do jornal (o “Opinião Pública” reapareceu novamente como jornal semanal em 18 de Outubro de 1996, integrando a revista, que já não existe). [Gostava aqui de salientar o Centenário do Falecimento de Ana Plácido comemorado em Famalicão, em grande foco no jornal, o qual seria ainda elaborado por Manuel Simões, mas com Pinto de Castro nos trabalhos. Realço igualmente o suplemento que o jornal dedicou à inauguração da Biblioteca Municipal Camilo Castelo Branco, em 1992...].A internacionalização é em 1993 com a vinda de Jorge Amado a Braga. Com o andar do tempo, a cultura manifesta-se, nas páginas do jornal, simplesmente nas simples notícias das actividades culturais das instituições públicas e privadas, reservando, a partir de determinada altura, a penúltima página para o efeito. E hoje, como não poderia deixar de ser, o jornal digital, a FAMA TV, assim como a Digital FM, acompanham a história do presente para o futuro.
P. S. este texto, que vai sair no jornal na próxima quarta-feira, tem um lapso: o segundo discurso de manuel simões que publicou é sobre maria isabel barreno e não sobre maria velho da costa. aqui acrescento o centenário de falecimento de ana plácido e o número que o jornal publicou em 1992 dedicado à biblioteca municipal camilo castelo branco, a caminho do seu centenário, filha da república. apresento alguns trabalhos num filme que então foram publicados ao longo destes anos.
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