domingo, 22 de maio de 2011

artur sá da costa rede museológica famalicense





O Dr. Artur Sá da Costa proferiu ontem a sua comunicação "Museus de Famalicão - Rede Museológica Municipal" no seminário denominado "Rede de Museus: território, identidade, património", sendo o coordenador do projecto Rede Museológica Municipal. Apresentou vários diapositivos, os quais se intitulavam, de uma forma geral, "Mapas Descritivos de Inventário aos Museus do Concelho de Vila Nova de Famalicão", evidenciando a sua identificação tipológica, nas suas virtudes e defeitos. Esta identificação tipológica dos museus famalicenses foram assim abordados em várias temáticas, nomeadamente através da situação geográfica, o ano de abertura, a abertura dos museus por década, a tutela dos museus, os responsáveis pelos museus, o horário de funcionamento, os recursos humanos, a entrada nos museus, os que se pagam e os que não s epagam, as habilitações literárias dos recursos humanos, os visitantes (com um diapositivo que mostrava o total de visitantes por ano e o número de visitantes por museu), os serviços dispnibilizados ao público por cada museu, as actividades orientadas para os visitantes e os protocolos e/ou parcerias dos museus privados com a Câmara Municipal de Vila Nova de Famalicão. Salientando que antes do 25 de Abril de 1974 existia em Vila Nova de Famalicão uma carência crónica de equipamentos culturais, ultrapassando ao longo do século XX, existindo apenas a Casa-Museu de Camilo, obra de republicanos e monárquicos, e um tardio, caso da Fundação Cupertino de Miranda nos anos 70, a explosão museológica em Vila Nova de Famalicão surgiu com o regime democrático, o qual traz a capacidade dos municípios para a tomada de iniciativas e da criatividade das mesmas. Salientou igualmente que, apesar de existirem apenas quatro museus tutelados pela autarquia famalicense, sendo os restantas privados, a Câmara Municipal está atenta e envolvida por inerência através de protocolos nos mesmo museus particulares e/ou privados. Salientando a geração de Vasco de Carvalho, nos anos 40 do século XX, na tentativa desta geração pretender criar um museu regional e o Museu D. Sancho I, projectos que não foram para a frente, só no regime democrático e com o poder local, e com o movimento associativo, é que os museus se foram inpondo. Na leitura dos diapositivos apresentados, focando os pontos fortes e fracos dos museus, salientou Dr. Sá da Costa a dispersão geográfica dos museus, evidenciando que no trabalho de conjunto, de cooperação, não temos propriamente uma rede na partilha da informação: o que temos, quando se comemora a Noite dos Museus e o Dia Internacional dos Museus, é a sua intervenção conjunta. Existe igualmente a diversidade e a multiplicidade dos projectos em curso, os quais dão uma unidade cultural ao município. Há uma descoordenação nos horários, assim como no pagamento da entrada, na medida em que existem só dois em que se paga a respectiva entrada. No projecto da coordenação museológica, não está em causa a autonomia da programação e da identidade de cada museu. Um outro ponto negativo é relativamente às novas tecnologias de informação. Cada sítio de cada museu é só fala de si próprio, e não dos outros. Existem dois pontos em que os museus se convergem: cada museu tem uma exposição permanente e as suas acções pedagógicas, orientadas para as escolas. No inquérito distribuído, alguns pontos fracos exteriores dizem respeito à falta de sinalética, a promocação externa de cada museu e de cada um resolver per si os seus próprios problemas. O que tem de haver, numa das suas conclusões, e sempre num espírito de base democrática, é uma negociação e uma contratualização permanente dos museus, e a nossa grandeza resulta de sermos pequenos, já que temos museus únicos e específicos que justificam a construção da própria rede, a multiplicidade das colecções, de âmbito nacional e internacional. A nossa grandeza estará, assim, nas nossas capacidades criativas na divulgação das respectivas colecções museológicas, sendo o nosso desafio a nossa criatividade para a implementação da mesma rede.

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