sexta-feira, 6 de maio de 2011

rede(s) museológica famalicense seminário

Não constituirá grande surpresa afirmar que faz todo o sentido pensar e defender para o território do Concelho de Vila Nova de Famalicão a implantação de juma rede museológica. Não é, dir-se-á apenas uma questão de bom senso ou de racionalidade de quem observa o todo do território e capta o conjunto das várias unidades museológicas - tanto municipais como privadas -, descobrindo-lhescomplementaridades, economias de gestão e múltiplas potencialidades sinergéticas, onde não é negligenciável a sua promoção e divulgação, quer nos circuitos turísticos, quer nos públicos escolares. / Sendo este aspecto importante e relativamente pacífico, que só por si justificaria esta interligação, a ideia da rede museológica adquire outra dimensão e plenitude quando se sabe que ela própria é tributária duma concepção integrada, não apenas da unidade geográfica que representa, como dos valores e do património material e espiritual da comunidade donde emerge e que reflecte. Ou seja, na diversidade e multiplicidade dos projectos já instalados ou programados brota e consubstancia-se a ideia da unidade territorial concelhia, mas também duma identidade histórico-cultural em construção. Tudo porque as estruturas museológicas, que ao longo dos últimos anos foram concebidos e/ou construídos, não foram, nem são, fruto do acaso ou doa rbítrio. / pelo contrário, fazem parte da história do Concelho, que visando a preservação da sua memória colectiva, procura a acentuação das suas singularidades, sem esquecer a (re)construção da sua identidade.


Artur Sá da Costa, Plano Estratégico Para a Cultura, 2002




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