quarta-feira, 27 de abril de 2011

comemorações de abril em famalicão I

COMEMORAÇÕES DO 37.º ANIVERSÁRIO


25 DE ABRIL DE 197


VILA NOVA DE FAMALICÃO


MUSEU BERNARDINO MACHADO


DADOS PARA REFLEXÃO E DEBATE





Este é o tempo da selva mais obscura [...] / Este é o tempo em que os homens renunciam."




Sofia de Mello Breyner Andresen








I




Após a actividade infantil proposta pelo Museu Bernardino Machado, o atelier "Queres saber como... se faz a bandeira portuguesa?", que decorreu na Praceta Cupertino de Miranda, entre as 15hoo e as 17h00, o debate informal que a YUPI organizou para o confronto de ideias sobre o 25 de Abril, no próprio Museu, entre as 17h00 e as 19h00, decorreu com as novas formas pedagógicas de intercâmbio pessoal e de grupo. Denominado "Jovens, Cidadania e Voluntariado", o Vereador da Cultura e Vice-Presidente da Câmara Municipal de V. N. de Famalicão, participou nas quatro propostas de debate da YUPI: o voluntariado enquanto exercício de cidadania, os jovens e o voluntariado, os jovens e a cidadania e o "25 de Abril para mim".







Na fase inicial da actividade. foi distribuído pelos participantes um breve questionário, do qual se realçam duas questões: "o que espero da actividade de hoje" e o "25 de Abril numa palavra/expressão" No primeiro caso, como no segundo, as respostas variaram. Assim, as expectativas do enriquecimento pessoal e a partilha de experiências e de ideias, o convívio e a aprendizagem, o desenvolvimento do espírito crítico e da responsabilidade social, o conhecimento da História de Portugal, o que mudou com o 25 de Abril e falar hoje sobre o 25 de Abril, foram as respostas mais salientes na participação individual. Relativamente à segunda questão, 0 25 de Abril numa palavra-chave, "Liberdade" e "Mudança" foram as que mais se salientaram. Só numa palavra se evoca a democracia, a justiça e a igualdade de oportunidades, o direito dos cidadãos e a revolução social.




Se perante o primeiro tema proposto em análise, o voluntariado enquanto exercício de cidadania, o voluntariado surge como uma forma de ser, de estar e de agir e o que mudou foi a sociedade, sendo, por isso, o voluntariadfo um exercício de cidadania diferente. O voluntariado aparece, então, como uma forma de realização pessoal. No segundo tema, os jovens e a cidadania, o que surgiou em termos conclusivos, é que os jovens participam na mudança, respeitando as regras estabelecidas, comprometendo-se com a cidadania. No terceiro, os jovens e o voluntariado, relacionando-se com a última temática, é que o voluntariado nasce como uma forma de cidadania. O que existe na sociedade contemporânea é uma passividade e u m comodismo e existem falta de exemplos. Aqui apontaram o descrédito dos políticos, que faz crescer o voluntariado. O lema conclusivo foi este: se todos fossemos boms cidadãos, não havia necessidade de voluntariado. Finalmente, o quarto tema que foi desenvolvido, "o 25 de Abril visto por mim", surgiram várias opiniões. Quem fez o 25 de Abril foram os militares e o povo e o que significou e o que se transformou com a revolução foi o aparecimento da escolha, da crítica, os sonhos das pessoas e a sua realização, surgindo o poder do voto. Na questão "o que eu faria num "25 de Abril", a resposta foi que é um pouco difícil à nova geração dizer o que fazia devido à distância.





A questão que se levantou, com forma conclusiva geral deste debate, foi a seguinte: a geração do 25 de Abril, por não ter nada, não terá dado tudo, criando a "geração à rasca".



















O Vereador da Cultura, Dr. Paulo Cunha, encerrou a sessão, realçando a ideia de que muitas vezes, entre o sim e o não, não existe fronteira, focando a ideia de um jovem participante ter-se definido como "desconhecido" na característica pessoal do referido inquérito inicial, sendo precisamente a busca que nos faz mais fortes e humanos, estimulando os jovens para o questionamento como forma de provocação geracional.















































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