sexta-feira, 15 de abril de 2011

liberdade, paz, democracia 25 de abril famalicão

A Câmara Municipal de V. N. de Famalicão e o Museu Bernardino Machado vão comemorar o 37.º aniversário da Revolução do 25 de Abril de 1974 com uma série de actividades. No âmbito do programa comemorativo municipal do 25 de Abril, perante outras iniciativas promovidos pelo respectivo município, o Museu Bernardino Machado promove um atelier denominado "Queres saber como... se faz a bandeira portuguesa?", sendo o público alvo não só as crianças e os pais, como também o público em geral. Este atelier terá lugar na Praça D. Maria II, das 15h00 às 17h00, e tem como objectivo dar a conhecer os símbolos da República (o sistema político omplantado em Portugal a 5 de Outubro de 1910), tais como a bandeira, o hino nacional e a sua simbologia. A segunda iniciativa do dia será o debate informal que a YUPI propõe para as 17h00, tendo como base a partilha das ideias para uma reflexão sobre o 25 de Abril. O público alvo que a YUPI propõe comprende as idades entre os 15 e os 35 anos, como, igualmente, o público em geral. A Associação YUPI (Youth Union of People With Initiative), com a sua sede em Gondifelos, tem como objectivos o desenvolvimento pessoal, social e humano dos jovens de V. N. de Famalicão, motivando-os para um pensamento activo e crítico, a liberdade de escolha e que desenvolvam de uma forma sustentável a sua própria vida, integrando-os na comunidade a que pertençam de uma forma criativa. Desta forma, as actividades da YUPI pretendem envolver os jovens famalicenses nas acções do voluntariado, no debate e na reflexão em torno das questões de cidadania e na sua participação activa nas associações e na sociedade civil., integrando-os na comunidade europeia para um intercâmbio não só cultural, como igualmente na troca de experiências e de aprendizagem para a sua formação pessoal e profissional. O que a YUPI pretende com a acção que visa desenvolver no dia 25 de Abril, no Museu Bernardino Machado, e no âmbito das comemorações projectadas pelo município famalicense, é explorar os valores da cidadania para a mudança na égide dos ideais de Abril.


A terceira iniciativa, que terá início às 21h30, contará com a presença, no debate intitulado "A Liberdade, A Paz e a Democracia", de Artur Sá da Costa (Director de Departamento da Cultura da autarquia famalicense - aposentado), de José Manuel Lages, professor na ALFACOOP e coordenador científico do Museu da Guerra Colonial, assim como contará igualmente com a presença de militares milicianos do Quartel da Póvoa de Varzim na época da Revolução. Artur Sá da Costa, que nos irá falar dos aspectos políticos e militares do 25 de Abril, Alferes Miliciano na época da revolução e a desempenhar serviço militar no Quartel da Póvoa de Varzim, será o responsável do MFA, a seguir ao 25 de Abril, pela dinamização cultural no concelho de V. N. de Famalicão. Esta faceta revelar-se-á enquanto Director de Departamento da Cultura da autarquia famalicense, promovendo e organizando exposições como "Poder Local: das Comissões Administrativas às Eleições Autárquicas de 1976" (1999), os "Momentos de Resistência" (2000) ou na celebração do "40.º Aniversário das Eleições Legislativas de 1969" (2009).


Escreveu textos como "O 25 de Abril nas Autarquias Locais, ou a Revolução Consumada" (1999), "A Revolução do 25 de Abril nas Autarquias Locais: a ruptura com o corporativismo no concelho de Vila Nova de Famalicão" (1999), "Resistência Cultural ao Fascismo nas Décadas de 60 e 70 no Concelho de Vila Nova de Famalicão" (2000), "A Revolução do 25 de Abril nas Autarquias Locais - Concelho de Vila Nova de Famalicão" (2005), "As Eleições Legislativas de 1969: esperança ou ilusão?" (2009) e "Não Apaguem a Memória" (2009). Apresento aqui as capas dos livros onde esses textos de Artur Sá da Costa estão publicados.




Por seu turno, José Manuel Lages irá falar da Guerra Colonial, a sua causa e as consequências do 25 de Abril. Participou em 1992 nas II Jornadas de História Local com a exposição "Guerra Colonial, uma História por Contar", a qual será a génese do futuro Museu da Guerra Colonial, sendo actualmente o seu coordenador científico.



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